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Emocionante Carta Psicografada de uma vítima da Boate Kiss





Mensagem Psicografada pelo Médium Alaor Borges Júnior.

Lar Espírita Irmã Valquíria - Uberaba, Minas Gerais, em 24 de julho de 2014.


Querida mãezinha Márcia e meu generoso papai Marcelo, eu sei o quanto está sendo difícil para todos nós administrarmos esta aflição que chegou tão repentina em nossas vidas.

Não desconheço que um do outro já ofereceram os ombros e as lágrimas vertem concomitantemente do rosto de vocês. Eu sei que o senhor chora evitando que minha mãe note, e ela igualmente por sua vez, cada qual procurando disfarçar ao seu modo.

Então meu velho, acho que hoje está liberado, vamos chorar juntos, mas não de desespero, mas de alegria e agradecimento a Deus, por nos permitir este reencontro hoje, de maneira a nos confortar o coração.

Estou bem meus pais e compreendo que tudo está certo. São meus bisavós Pedro, João e Maria, e a senhora Jeronima que me ajudam a lhes escrever esta carta, que com extrema dificuldade vou lhes escrevendo, mas não nego, com vontade de parar em algum momento.

Choro, com misto de saudade e alegria, por vê-los aqui nesta noite de olhos tão sublimes, que não me restou outra alternativa, senão passar a lábia no povo aqui para me fazer notado.

Brincadeira, vocês sabem que tudo já estava programado para nosso reencontro. Os corações de vocês pressentiram o sinal, a hora certa de nosso reencontro e aqui vieram na tentativa de reencontrar com os dois filhos, que também perderam na Tragédia de Santa Maria.

Eu e o Pedrinho, aqui estamos e ele me concedeu a vez de lhes escrever hoje. Sei lá se o menino é mais emotivo que eu, mas não consegue movimentar a caneta como eu neste instante.

Ele, tanto quanto eu, choramos. Mas acredito hoje, de uma maneira diferente, tomados por extremas alegria e gratidão a Deus que nos está oferecendo esta ponte de contato. Aqui estou pai e mãe, para lhes pedir que se recordem de nós, não como criaturas vencidas e inertes pela morte, mas cheios de vida, de saudades, vivendo nossos dias felizes, quando eu e o Pedrinho, fazíamos as nossas graças de jovens, tantas vezes, retratando de vocês, risos, como broncas e caras feias, às vezes, mostrando estupefação.

Estamos bem, vamos acreditar nisto e chegaremos a mudar os acontecimentos de nossas vidas. Mãe e meu pai, eu e meu irmão tudo fizemos para tentar preservar a nosso vida, mas o tumulto, a gritaria, o desespero, se responsabilizou por tudo que já sabemos. O que poderia ser um final de semana alegre e feliz ganhou a infeliz proporção que todos já sabemos. Tudo vai passando. Estamos vivos e amparados por corações generosos. Agradecemos, eu e meu irmão, as fotos espalhadas na casa; e na carteira e na bolsa da senhora.

Saibam que não nos perderam. Tivemos que ir ali, pensem assim, daqui a pouco nós voltamos, eu e o Pedrinho, fazendo aqueles barulhos, atrapalhando o sono de vocês

Beijos. Hoje é só esta carta singela. Do filho, cheio de saudades.

Marcelo de de Freitas Salla Filho


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