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Emocionante Carta Psicografada do Padre do Balão - Adelir Antônio de Carli






Salve a todos com a paz de Jesus Cristo! Eu sou Adelir Antônio de Carli e venho contar-lhes sobre o meu desencarne trágico, porém nobre. Eu sonhava em montar um pouso para os andarilhos, uma forma de atrair a atenção das pessoas para as doações necessárias, usando balões para voar pelos céus. Acreditava que esse ato incomum chamaria a atenção para a caridade e a ajuda ao próximo.

Embora fosse alertado por muitos para não seguir adiante, minha fé inabalável em Deus me fazia acreditar que Ele me auxiliaria a concretizar essa missão. No fatídico dia em que decidi decolar, os bombeiros, o pessoal do tempo, cientistas e engenheiros me advertiram veementemente que não era seguro prosseguir, mas eu estava decidido. Em meu coração, eu tinha certeza de que Deus estava comigo e que tudo daria certo. Ignorando os alertas, preparei os balões e me lancei aos céus.

Porém, mal sabia eu que a jornada que imaginava como grandiosa se transformaria em um pesadelo angustiante. Os balões subiram rapidamente e os ventos os levaram para uma direção oposta à esperada. Eu estava perdendo o controle e tudo estava indo terrivelmente errado. Tentei utilizar o aparelho comunicador para pedir ajuda, mas minha inexperiência me impediu de fazê-lo adequadamente.

Enquanto os balões começavam a esvaziar e estourar, fui gradualmente caindo, e o cenário tranquilo que imaginei tornou-se caótico. A água do mar me aguardava abaixo, e meu coração estava repleto de temor. Com grande tristeza, percebi que minha missão generosa estava chegando a um fim prematuro e trágico. Afundei nas águas do oceano, lutando para sobreviver.

A parte da minha vida dedicada a ajudar os mais pobres e a minha conexão profunda com Deus e Jesus Cristo me trouxeram alguma tranquilidade em meio ao desespero. Orei fervorosamente em busca de misericórdia divina e perdão, compreendendo que havia cometido um erro, movido pela fé sincera, mas imprudente. Conforme o tempo passava, eu me cansava até me afogar, desencarnei. Parte do meu corpo foi consumida por tubarões e outros peixes marinhos.

Mesmo que meu corpo tenha se perdido no mar, minha alma encontrou descanso na presença divina. Apesar dos momentos finais desafiadores, encontrei a paz em saber que minha intenção era nobre e que minha dedicação à caridade ainda poderia surtir algum resultado. Em meio ao labirinto da existência humana, somos constantemente desafiados a encontrar um sentido para nossa vida. Nessa busca, a fé tem sido uma aliada poderosa para muitos, proporcionando conforto, esperança e orientação nas horas mais obscuras.

No entanto, é imperativo alertar sobre os perigos de uma fé cega, que desconsidera a ciência e a razão em prol de crenças infundadas e dogmáticas. Há séculos, a fé tem moldado a história da humanidade, impulsionando avanços culturais, sociais e espirituais. Não há dúvida de que a crença em Deus pode fornecer um propósito maior e um senso de comunidade. Mas, à medida que o conhecimento científico se expande, é essencial que integremos a fé com uma abordagem racional, abraçando a compreensão e o discernimento que a ciência nos oferece.

O perigo reside em abraçar uma fé cega que rejeita os princípios da ciência. Quando ignoramos o conhecimento científico, corremos o risco de tomar decisões prejudiciais a nós mesmos, às nossas comunidades e ao nosso planeta. Desconsiderar as evidências científicas é como navegar em águas traiçoeiras sem um mapa ou bússola, podemos facilmente nos perder nas correntes da ignorância. Deus, em sua sabedoria, nos presenteou com mentes capazes de investigar e entender o mundo em que vivemos.

Os cientistas são os arquitetos dessa caminhada pelo conhecimento, conduzindo-nos por trilhas que nos permitem compreender a realidade com maior clareza. Desprezar seus esforços é negar o dom divino da razão. A história nos ensina lições cruciais sobre os riscos de uma fé cega. Muitas vezes, vimos movimentos religiosos rejeitarem os avanços científicos que desafiavam suas doutrinas.

Desde a negação de evidências sobre a forma da Terra até o obscurantismo diante de descobertas médicas e climáticas, a fé cega tem sido responsável por tragédias e retrocessos significativos. Devemos reconhecer que a ciência e a fé não precisam ser inimigas. Na verdade, uma pode enriquecer a outra. A ciência oferece respostas para muitas questões que é nessas respostas também que está a voz de Deus para nos auxiliar, a fé pode dar significado e propósito à busca científica.

Um diálogo construtivo entre ambos pode nos levar a uma compreensão mais profunda e completa da existência. Quando abraçamos uma fé racional, encontramos espaço para questionar e duvidar, sem perder nossa espiritualidade. A dúvida saudável é uma força motriz para a ciência, impulsionando-nos a buscar respostas e descobrir novas verdades. A busca pelo conhecimento científico não mina nossa fé, ao contrário, nos aproxima da maravilhosa complexidade do plano divino.

Deus, em sua infinita sabedoria, nos deu os cientistas como guias nessa empreitada pelo conhecimento. Eles não são apenas intelectos brilhantes, mas também agentes de sua obra. Através da ciência, podemos melhorar a vida das pessoas, enfrentar desafios globais e honrar a criação divina. Apegar-se a uma fé cega, inflexível e dogmática é como andar no escuro sem a luz da razão.

Em vez de abraçar a ignorância, devemos reconhecer que o conhecimento científico é um presente divino, projetado para nos guiar em direção ao progresso e ao entendimento de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Nossa fé deve ser como uma árvore, com raízes profundas na tradição e na espiritualidade, mas com ramos que se estendem em direção ao céu do conhecimento e da razão. Assim, seremos capazes de abraçar o melhor dos dois mundos, a força da fé e a luz da ciência. Em um mundo complexo e em constante mudança, não podemos nos dar ao luxo de fechar os olhos para o conhecimento que os cientistas nos oferecem.

Precisamos confiar na sabedoria divina que nos presenteou com mentes curiosas e capazes de decifrar os mistérios do universo. Hoje, após o desencarno, compreendo que, embora movido pela fé, eu deveria ter considerado com mais cuidado os avisos daqueles que me amavam e se preocupavam comigo. Ainda assim, espero que minha história possa servir como um lembrete para que, ao buscarmos ajudar os outros, sejamos prudentes em nossas ações para que nossas boas intenções não resultem em tragédia. Em meio a todo aquele temor, meu espírito foi resgatado por um mentor de uma colônia católica chamado Frei Paulo.

Por muito tempo, meus restos mortais não foram encontrados, mas eu segui a palavra e não estava mais apegado à carne. Sei que meu ato foi inconsequente, mas a carne já não me valia de mais nada, que sirva agora de alimento para os peixes. Chegando na colônia, tudo me foi explicado, e minha maior dificuldade foi não entender tudo aquilo. Afinal, a Bíblia fala que, quando morremos, ficamos em descanso até o juízo final, mas eu estava ali, aparentemente vivo, só que de uma outra forma.

O freio explicou que todo espírito é imortal e que o que vivemos na Terra é apenas um fragmento de nossa existência, que possui diversas necessidades. Alguns vivem na carne para resgatar karma, outros porque precisam ajudar outras pessoas, e não necessariamente é um karma, mas todos passam por essa experiência para uma evolução espiritual. E eu tinha passado por essa experiência, com desencarne prematuro e provocado, mas em uma situação nobre, pois havia morrido na carne para tentar ajudar os outros. Acolhido na colônia católica, pude perceber que as crenças e práticas terrenas encontravam novos significados na espiritualidade além da vida física.

O Frei Paulo me instruiu sobre o poder do amor e da caridade, ensinando-me que servir ao próximo é uma das formas mais elevadas de crescimento espiritual. E eu sempre fiz por conta da Bíblia. Naquele plano de existência, compreendi que nossas ações têm consequências que vão além da vida material, e que mesmo após a morte, somos responsáveis por nossa trajetória e por nossas escolhas. Cada passo naquela colônia era uma lição.

Os ensinamentos do Cristo ganhavam nova profundidade, e a presença de espíritos elevados, como os mentores, trazia consolo e esclarecimento. Aprendi que as oportunidades de evolução espiritual são vastas e que, mesmo em dimensões diferentes, há sempre espaço para crescimento e aprendizado. Na colônia, encontrei outros espíritos que, como eu, tinham deixado a terra de maneira inesperada. Juntos, compartilhávamos experiências e buscávamos compreender os desígnios divinos.

A vida na carne, que um dia julguei ter terminado, agora se mostrava como uma etapa valiosa em nosso percurso espiritual. Cada vivência, cada encontro e cada desafio eram oportunidades para aprimorarmos nossas almas e ascendermos a planos mais elevados. A vida espiritual, entrelaçada com os ensinamentos cristãos, me revelou que a misericórdia e o amor de Deus são infinitos. Não é necessário viver apenas uma existência terrena para encontrar a paz e a iluminação.

A vida é um ciclo, e nossas experiências em diferentes dimensões nos proporcionam lições que nos impulsionam em direção à perfeição divina. No convívio com os irmãos da colônia, percebi que a busca pela evolução é constante e que, assim como na terra, as provações e desafios fazem parte da jornada espiritual. O que difere é a compreensão de que somos seres eternos, e cada estágio da existência é uma oportunidade única de crescimento e aprimoramento. Nessa nova jornada, encontrei a paz que tanto ansiava.

O entendimento da imortalidade da alma e a conexão com o amor incondicional de Deus trouxeram uma serenidade que ultrapassa qualquer sofrimento. Minha fé, agora enriquecida pela compreensão espiritual, tornou-se uma bússola que guia meus passos a partir de agora em direção à luz e à verdade. Assim, sigo minha caminhada, sabendo que as experiências na carne e além dela são de extrema importância para a evolução da alma. Acolho as lições que a vida me oferece, confiando que, mesmo diante dos desafios, Deus está sempre presente, guiando -me com sabedoria e amor.

Que minha trajetória, agora impregnada de conhecimento e espiritualidade, possa ser um exemplo de fé racional, onde as verdades divinas e científicas se entrelaçam, trazendo luz e entendimento aos corações que buscam compreender a grandiosidade do plano divino. Adelir Antônio de Carli

Psicografada pelo médium Ricardo Sanches de Andrade, da cidade de São Paulo, capital.






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