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História do Exu Tranca Rua



A história de Exu Tranca Rua é rodeada de mistério e lendas. Para compreender a figura de Tranca Rua, é importante compreender a religião africana e suas divindades. Segundo a religião africana, Exu é o senhor dos caminhos, o guardião da comunicação entre os seres humanos e os Orixás, responsável por abrir e fechar as portas da vida. Ele é o mensageiro divino, aquele que faz a ligação entre o céu e a terra. Exu é frequentemente relacionado a uma figura maléfica nos rituais religiosos, mas isso é uma interpretação equivocada. Ele pode ser tanto benéfico como maléfico, dependendo das intenções do indivíduo. A história de Exu Tranca Rua, uma das entidades mais cultuadas em religiões de matriz africana no Brasil, conta que ele era um ex-escravo africano que foi vendido para uma fazenda de cana-de-açúcar no Brasil. Mesmo após a abolição da escravidão, Tranca Rua permaneceu na fazenda, e sua figura se tornou lendária entre os trabalhadores. Diz-se que Tranca Rua era um trabalhador incansável, um exímio capoeirista e um líder entre seus companheiros. Ele também teria habilidades mágicas e milagrosas, além de grande sabedoria e força. Com o tempo, a figura de Tranca Rua passou a ser cultuada em rituais religiosos, como uma espécie de guardião das encruzilhadas e dos caminhos, e principalmente como uma entidade protetora e defensora dos mais necessitados. Atualmente, Exu Tranca Rua é cultuado em muitas casas de religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Ele é aclamado pela sua força, sabedoria e proteção, e é um dos principais aliados dos fiéis em suas jornadas espirituais.

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